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sexta, 05 de fevereiro de 2021 - 23:50h
#VacinaAmapá: Mais de 4 mil indígenas já foram vacinados contra covid-19
Público total de 7.616 índios, distribuídos em 142 aldeias no Amapá e norte do Pará, serão alcançadas com a campanha de vacinação.
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Foto: Ascom/ SVS
Fake news atrapalham e deixam indígenas receosos com a vacinação.

A operação conjunta do Ministério da Saúde (MS), através do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) e do Governo do Estado do Amapá, já percorreu dezenas de aldeias e vacinou 4.053 indígenas no Amapá e norte do Pará.

A ação articulada com a Secretaria Nacional de Saúde Indígena (Sesai), envolve uma logística de viagens por estradas, rios e pelo ar, dada a distância e ao espalhamento das 142 aldeias indígenas que devem ser encontradas.

"A primeira fase de vacinação contra a covid-19 continua. Isso se dá devido ao vasto território sanitário pelo qual o distrito é responsável. Estamos com todo o Amapá e o norte Pará. Enfrentamos dificuldades de chegar em Óbidos e Almeirim, que o único acesso é via aérea, mas estamos superando isso", contou Roberto Bernardes, coordenador do Dsei Amapá e norte do Pará.

A dificuldade de acesso acontece também nas aldeias mais distantes da Terra Indígena Wajãpi, onde só é possível chegar via helicópteros, disponibilizados pelo Ministério da Defesa e Exército Brasileiro, parceiros das ações também. Já algumas aldeias ainda não foram alcançadas, como as de acesso fluvial, por voadeira, da região do Oiapoque.

"Isso tudo se dá tendo em vista que nós temos que acessar as aldeias, essa população se encontra nas aldeias. Então é um público de 7.616 indígenas e vamos de casa em casa para realizar essa campanha de vacinação. Esse logística toda é muito dispendiosa e precisamos ter várias frentes de trabalho", complementou Roberto.

Fakes news atrapalham

Com os números alcançados até nesta sexta-feira, 5, a cobertura vacinal chegou aos 53% dos 7.616 que já tomaram a primeira dose. Na maioria das etnias a recepção ao imunizante foi boa por parte dos povos originários, mesmo assim, a força das chamadas fake news pôde ser notada.

Na etnia Palikur, por exemplo, na Aldeia Kumenê, na região do Oiapoque, muitos indígenas ficaram receosos com a vacinação. A coordenadora estadual do núcleo de saúde indígena relata que o avanço das notícias falsas foi mais um desafio no trabalho dos profissionais de saúde.

"A aceitação foi boa. O trabalho é imenso, as distâncias, a estrada, o inverno amazônico, tudo são desafios, mas estamos plenamente satisfeitos com o resultado obtido até aqui, em parceria com o Dsei e todos os órgãos envolvidos. Houve também indígenas que queriam esperar alguns serem vacinado para eles poderem ter certeza que pessoas não iriam morrer, se com 20 dias iria ter óbitos, se iriam virar jacaré ou que não poderiam fazer filhos, essas fake news que atingiram muito a aldeia [Kumenê], mas de forma geral, foi muito bom", contou Andreia Pacheco, coordenadora do Nesi.

Daqui há aproximadamente uma semana já começa a aplicação da segunda dose em vários locais, enquanto que outras aldeias seguem recebendo visita dos profissionais de saúde que estão aplicando a primeira dose. 

Cobertura da vacinação

Oiapoque - AP:

- Polo Base Manga: 1.563

- Polo Base Kumarumã: 745

- Polo Base Kumenê: 195

Pedra Branca do Amapari - AP:

- Polo Base Aramirã: 399

Óbidos - PA:

- Polo Base Missão Tiriyó: 440

Almeirim - PA:

- Polo Base Bona: 213

Área Urbana:

- Macapá: 205

- Oiapoque: 293

Total - Amapá e Norte do Pará: 4.053

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