Com 20 anos de experiência como soldador, Tarcísio Ferreira vê no Carnaval uma oportunidade de ampliar a renda da família. O trabalhador presta serviços no barracão da Maracatu da Favela desde novembro, quando as agremiações intensificam os preparativos para os desfiles.
“O Carnaval dá essa força pra gente! A renda ajuda até no Natal, porque, geralmente, começamos a trabalhar três meses antes dos desfiles", conta o soldador.
Para o Carnaval 2023 - que volta ao Sambódromo após 8 anos - as escolas de samba de Macapá e Santana geram 1.310 empregos temporários. São profissionais ligados a 32 segmentos de atividade econômica.
Entre as funções, as de maior geração de trabalho são: empurrador de alegorias, com 267 pessoas contratadas, seguida de aderecista de alegoria, com 204, músicos, com 108 pessoas e costureiras, com 87.
As informações são de uma pesquisa sobre geração de trabalho temporário, feita no período de 6 a 9 de fevereiro pela Central do Trabalhador Autônomo (CTA), ligada à Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete).
O gestor da Sete, Ezequias Costa, reforça que há, ainda, os empregos gerados indiretamente em setores como gastronomia, hotelaria e transportes alternativos.
“Sem dúvidas, a injeção de recursos feita pelo governo para incentivar o Carnaval 2023 demonstra que a atividade cultural movimenta a economia, gera empregos temporários direta e indiretamente e fomenta toda uma cadeia de negócios", informou Ezequias Costa, secretário do Trabalho e Empreendedorismo.
A Sete colheu informações nas escolas de samba: Império do Povo, Império da Zona Norte, Emissários da Cegonha, Boêmios do Laguinho, Maracatu da Favela, Unidos do Buritizal, Piratas da Batucada, Piratas Estilizados e Solidariedade e Embaixada do Samba Cidade de Macapá.
Investimentos
Em 2023, o Governo do Amapá investe R$5,5 milhões nos eventos carnavalescos de todo estado. Além dos desfiles das escolas de samba, o recurso alcança associações de blocos de Macapá e Santana, a tradicional A Banda e ações nos municípios do interior.